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Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: avanços e desafios na busca por equidade

Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência: avanços e desafios na busca por equidade

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado em 11 de fevereiro, reforça a importância da participação feminina no desenvolvimento científico e tecnológico. A data foi instituída pela UNESCO em 2015 com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de igualdade de gênero no campo das ciências exatas e tecnológicas, historicamente dominado por homens. Além disso, busca incentivar mais mulheres a ingressarem e permanecerem em carreiras ligadas às ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês).

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ressaltou a relevância da data como um momento de reconhecimento das conquistas femininas na área, além de um incentivo à ampliação de oportunidades. Segundo ela, “a presença das mulheres na história da ciência é inegável, desde a astronomia até a nanotecnologia. Celebrar essa data é reafirmar o compromisso com mais inclusão e reconhecimento”.

Iniciativas que impulsionam a presença feminina na ciência

Entre as ações que promovem a participação feminina na ciência, destaca-se o programa Pop Ciência, instituído por meio do Decreto  Nº 11.754/2023, o programa visa popularizar a ciência e facilitar o acesso de jovens de grupos vulneráveis a carreiras científicas. O programa reconhece e apoia iniciativas existentes, como olimpíadas e feiras de ciência. Ele promove a diversidade na ciência, com chamadas específicas com cotas para negros, indígenas e mulheres. O objetivo é alcançar grupos menos representados, como jovens em situação de desalento.

O programa também busca aumentar a representação de meninas e mulheres na ciência, com ações para estimular seu ingresso, formação e ascensão nas carreiras científicas. A divulgação científica diversificada é fundamental para mudar percepções e romper com estereótipos. O programa realiza esforços contínuos para representar a pluralidade de cientistas na mídia e promover a comunicação pública da ciência.

Outras ações em prol da equidade de gênero na ciência

O MCTI também desenvolve outras iniciativas voltadas para a promoção da equidade de gênero na ciência e tecnologia:

  • Programa Mulheres Inovadoras: em parceria com a FINEP, apoia startups lideradas por mulheres, oferecendo aceleração e prêmios para iniciativas inovadoras no empreendedorismo tecnológico.
  • Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência: incentiva a participação e permanência de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas no meio acadêmico e científico.
  • Chamada pública Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação: com investimento de R$ 100 milhões, fomenta projetos colaborativos de pesquisa e desenvolvimento nessas áreas.
  • Prêmio Mulheres e Ciência: promovido em parceria com o CNPq, reconhece e incentiva a participação feminina na produção científica brasileira.

Essas iniciativas demonstram um esforço crescente para reduzir desigualdades históricas e garantir que mais mulheres tenham acesso a oportunidades no meio científico e tecnológico. A busca por equidade de gênero na ciência não é apenas uma questão de justiça social, mas também um fator fundamental para o desenvolvimento de soluções inovadoras e inclusivas para os desafios do futuro.

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