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Relatórios de transparência climática são instrumentos de acompanhamento do progresso da NDC

Relatórios de transparência climática são instrumentos de acompanhamento do progresso da NDC

Perspectiva foi apresentada em painel sobre as estratégias brasileiras para alcançar a NDC

O acompanhamento do progresso da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) pelo Brasil estará relatado no Primeiro Relatório Bienal de Transparência do Brasil à Convenção do Clima. O tema foi abordado na terça-feira (15), em São Paulo (SP), durante painel sobre as estratégias brasileiras para alcançar a NDC realizado na conferência sobre clima e mercado de carbono. O documento será submetido pelo governo brasileiro à Convenção do Clima neste ano.  

“O Relatório monitora a NDC do Brasil, principalmente, por meio de indicadores que se baseiam na contabilização das emissões líquidas de gases de efeito estufa de todos os setores da economia, comparando-as com as metas estabelecidas”, explica a coordenadora técnica do projeto ‘Quinta Comunicação nacional e Relatórios Bienais de Transparência’, Renata Grisoli.

A coordenadora técnica também falou sobre o apoio provido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e inovação (MCTI), por meio do fornecimento de subsídios técnico-científicos para a elaboração do Plano Clima, nas vertentes de Adaptação e de Mitigação, e sobre o SIRENE Organizacionais, uma plataforma para dar transparência aos relatos de emissões das organizações. “Neste momento, o relato ainda é voluntário. Mas a estrutura da plataforma foi construída de modo flexível o suficiente para se ajustar aos mercados regulados de carbono”, explicou.

A NDC brasileira é baseada em metas absolutas de emissões líquidas e estabelece o limite de 1,20 Gt CO2eq para 2025 e de 1,32 Gt CO2eq em 2030, com relação ao ano base de 2005.  O Inventário Nacional de emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) é o principal instrumento para acompanhar do atingimento das metas.

O relatório também apresentará outras informações relevantes sobre a implementação da Convenção no país. Um dos capítulos aborda as políticas e medidas de mitigação, além de ações e planos, relacionados com a implementação e o cumprimento da NDC.  “Essa seção tem o objetivo de monitorar a eficácia das ações e o real impacto das medidas em curso”, detalha a coordenadora.

O documento também relata o apoio financeiro, tecnológico e de capacitação recebido pelo Brasil. Isso é importante para monitorar o apoio às atividades e avaliar se o país está recebendo suporte adequado para implementar suas ações. “Este relatório de transparência oferece uma oportunidade para o Brasil identificar desafios na implementação de sua NDC, quais lacunas de informações, financiamento ou tecnologia que precisam ser preenchidas para o cumprimento das metas climáticas”, aprofundou.

A primeira janela do SIRENE Organizacionais para recebimento dos relatos deve ser aberta ainda neste ano.

O Embaixador Extraordinário para Mudança do Clima do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, também participou do painel e contextualizou como foi o processo de elaboração da NDC brasileira em vigor. A coordenadora-geral de Recuperação de Áreas Degradadas, do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Rejane Mendes, detalhou o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg). O plano é uma das estratégias nacionais de mitigação.

A 2a Conferência Brasileira Clima e Carbono foi realizada em São Paulo. Segundo os organizadores, reuniu mais de 700 pessoas. O evento é organizado pela Aliança Brasil NBS, associação sem fins lucrativos que representa as empresas desenvolvedoras de projetos de carbono.

Fonte: Ascom/MCTI

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