Nos dias 25 e 29 de outubro, o Colégio Estadual Clóvis Monteiro, em Manguinhos, e a Escola Municipal Genival Pereira de Albuquerque (GET), na Maré, transformaram-se em verdadeiros centros de conhecimento durante a 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A iniciativa levou uma série de atividades educativas e culturais aos alunos da rede pública, estimulando a curiosidade e o aprendizado em temas relacionados à ciência e à preservação ambiental.
Manguinhos em Foco
Em Manguinhos, a PR-5/UFRJ apresentou três estandes interativos para cerca de 550 estudantes do ensino médio. As atividades abordaram tópicos como sustentabilidade, biodiversidade e o papel das plantas medicinais nos biomas brasileiros. “A ciência é vida, sem ela não entenderíamos o meio ambiente e nós mesmos”, afirmou a estudante Ana Célia, destacando sua experiência com as oficinas sobre algas marinhas.
Entre as atividades, o “Escape Room dos biomodelos”, da Vice-Diretoria de Ensino, foi um dos maiores sucessos, desafiando os alunos a resolver enigmas sobre doenças e anatomia em um ambiente lúdico. Além disso, uma oficina da Agenda Jovem Fiocruz equipou os jovens com ferramentas para combater a desinformação, crucial em um mundo saturado de informações.
O jornal Fala Manguinhos! também marcou presença, apresentando sua nova edição impressa após um hiato de publicações. “É importante que os alunos tenham contato com o formato físico do jornalismo”, comentou Fabio Monteiro, coordenador do projeto.
As exposições do Museu da Vida Fiocruz, como “Manguinhos: Território em Transe” e “A vida na gota d’água”, abordaram a realidade local e a importância do saneamento básico, respeitando a conexão dos alunos com suas próprias histórias e desafios.
SNCT na Maré
Na Maré, a Escola GET proporcionou uma rica programação para os alunos do ensino fundamental, incluindo oficinas de ciência e arte, jogos interativos e apresentações culturais. A PR-5/UFRJ conduziu o Programa Integrado EJA UFRJ, discutindo direitos urbanos e mobilidade. A oficina “O químico Mário Molina e o enfrentamento ao desastre ambiental” destacou a importância da ciência na proteção do meio ambiente.
Outra atividade relevante foi a oficina “Meninas que mudam o mundo”, que apresentou a história da ativista Greta Thunberg, inspirando os jovens a se engajarem em causas ambientais. As atividades de bioquímica, como a oficina sobre pH e reações químicas, trouxeram conceitos científicos de forma lúdica e acessível.
O evento também incluiu a apresentação “Amazônia Mítica”, que transportou os alunos para um mundo de lendas e histórias da floresta, enquanto uma oficina sobre inventores e cientistas negros estimulou a imaginação e o interesse pela ciência entre as crianças.
A 21ª SNCT da Fiocruz cumpriu seu papel de conectar a ciência à comunidade, aproximando jovens estudantes de temas fundamentais para o futuro do planeta. “É essencial levar a ciência para os territórios vulnerabilizados, promovendo um diálogo que valorize a preservação da natureza e a cultura local”, ressaltou Alessandro Batista, coordenador do Programa de Apoio à Divulgação Científica do Museu da Vida Fiocruz. Essa experiência não só enriqueceu o conhecimento dos alunos, mas também semeou a esperança de um futuro mais consciente e engajado em questões ambientais e sociais.
