Na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília, uma serpente gigante cenográfica vem chamando a atenção do público. Desde o início do evento, a figura tem atraído pessoas de todas as idades, que tiram fotos e se divertem ao lado do modelo do réptil. No entanto, a verdadeira atração do estande do Instituto Butantan está em uma caixa especial, onde cobras reais são apresentadas ao público sob os cuidados da bióloga Adriana Chagas e sua equipe de pesquisadores.
Dentro da caixa, os visitantes podem ver de perto e até interagir com algumas espécies de cobras não peçonhentas, como a jiboia, a coral-falsa, a corn-snake e a píton. Essas espécies foram selecionadas justamente para proporcionar uma experiência segura ao público. Já a grande estrela do estande, e uma das atividades mais disputadas do evento, é a jararaca, uma cobra peçonhenta que tem seu veneno extraído ao vivo para demonstrar como é feito o soro antiofídico.
As apresentações diárias de extração de veneno, que ocorrem sempre com lotação máxima, permitem que o público entenda mais sobre esse processo essencial. A prática, iniciada no Brasil na década de 1930 pelo cientista Vital Brazil, fundador do Instituto Butantan, permanece praticamente a mesma até hoje. Com a serpente cuidadosamente anestesiada e imobilizada, os cientistas pressionam as glândulas laterais, localizadas perto das presas, para coletar o veneno — processo crucial para a produção de soros e desenvolvimento de medicamentos.
Crédito da imagem: Gilearde Gomes (Ascom/MCTI)
Fonte: Ascom/MCTI