O projeto Escola Azul, voltado para a conscientização ambiental, tem levado educação sobre a preservação de ecossistemas aquáticos para mais de 90 mil estudantes em todo o Brasil. Com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a iniciativa fomenta a Cultura Oceânica em escolas públicas e particulares, alinhando-se ao 14º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que visa proteger a vida marinha até 2030.
A proposta nasceu em Portugal, com o intuito de incluir a temática dos oceanos nos currículos escolares, e rapidamente se expandiu para o Brasil, onde já conta com 343 escolas cadastradas em 21 estados. “Estamos vivendo a década do Oceano, enfrentando intensas mudanças climáticas. Para mudar o mundo, precisamos mudar a cultura. Isso significa ensinar desde cedo a importância de preservar e viver em harmonia com a natureza”, explicou Andrezza Andreotti, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenadora do projeto de extensão Maré de Ciência, que lidera o Escola Azul no Brasil.
A abrangência do conceito de Cultura Oceânica no projeto não se limita aos mares e oceanos, mas também inclui a preservação de rios, lagos e manguezais, como destaca o caso de Mariana do Nascimento, estudante de 18 anos de Ipojuca (PE), cidade próxima a Porto de Galinhas. Mariana e seus colegas da Escola de Referência em Ensino Médio José Mário Alves da Silva participam ativamente de ações de conscientização junto a comunidades pesqueiras locais, enfrentando desafios como o racismo ambiental e os impactos negativos do turismo predatório.
Para Wesley Dantas, de 13 anos, estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Arapari, em Barcarena (PA), a experiência de participar do Escola Azul é enriquecedora, mesmo estando distante do litoral. “A gente aprende sobre a importância de preservar o meio ambiente e sobre como a cultura oceânica é essencial para a nossa vida”, destacou o estudante.
Fórum dos Clubes de Cultura Oceânica na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
O programa Escola Azul teve destaque na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida pelo MCTI, com o Fórum dos Clubes de Cultura Oceânica, que reuniu estudantes e professores de diversas regiões para compartilhar experiências. Segundo Leandro Pedron, diretor do departamento de Programas Temáticos do MCTI, a inclusão da temática oceânica no currículo escolar é fundamental para sensibilizar as novas gerações sobre questões como poluição e mudanças climáticas.
Com o objetivo de expandir o impacto para além das salas de aula, o Escola Azul também envolve as comunidades locais. Nataly dos Santos, professora de geografia da Escola de Referência em Ensino Médio Franklin Augusto de Moura Campos, em São Paulo, relata a importância de levar a discussão ambiental para todos. “Sempre tentamos envolver a comunidade escolar. Nas reuniões de pais e eventos, abordamos temas como aquecimento global e maneiras de reduzir os impactos humanos no meio ambiente”, disse a professora.
A Escola Azul, em colaboração com o MCTI e a UNESCO, segue promovendo a cultura de preservação e sustentabilidade, formando cidadãos mais conscientes e comprometidos com a preservação do nosso planeta.
Fonte: Ascom/MCTI
